Alyha
Uma figura masculina estava escrevendo ao quadro enquanto os discentes anotavam tudo em seus cadernos. Ele era alto, tinha cabelos que iam até o pescoço e um olhar muito concentrado. Era jovem e belo. Houve um rápido burburinho aos fundos da sala de aula, seguidos pelo questionamento de uma de suas alunas favoritas:
– Então, a proposta de Parmênides, diferente da de Heráclito, é que o tempo não muda? - ela era baixinha e de cabelos encaracolados. Suas feições eram bem leves e seus olhos muito viajados.
– Parmênides, na verdade, questiona a própria noção de tempo e o nega. Para ele, o ser não muda, não passa por transformações. O ser não pode ser e não ser. O ser é. E nunca deixará de ser. Logo, é do princípio das coisas ser diversas coisas. Por exemplo, perceba um bebê. Ele nasce, crescerá, se tonará uma criança, um adolescente, um adulto e um idoso, certo?
Os discentes acompanharam com muita atenção. Aquela era a terceira vez que o professor explicava e isso estava se tornando incômodo por não entenderem.
– Certo. - disseram muitos dos anos.
– Para Parmênides, não é o bebê quem cresceu ou mudou. A mudança não existe. O “ser” conhecimento como “humano” tem em sua própria essência essas configurações. Logo, ser criança, ser adolescente, ser adulto, idoso, não impedem o ser que é o humano, ou seja, são características do ser e não ele próprio. Assim, não é o tempo que modifica o ser. O ser se mostra, quando for necessário, suas características.
Todos entreabriram a boca e ficaram em assombro. O sinal tocou e todos saíram muito rapidamente daquela aula de filosofia.
A faculdade de Ciências Olavo Bilac tinha outros cursos de humanas, além de filosofia. E alunos de diversos cursos pegavam disciplinas envolvendo a filosofia, por isso tinham alguma dificuldade em compreender as teorias. Isso não incomodava o professor.
Ao que todos saíram da sala de aula, antes de apagar as luzes e fechar a porta, ele puxou um grosso livro que abordava o nascimento da filosofia, o sofismo e os pré-socráticos e encontrou um bilhete. Um curioso bilhete endereçado a ele. Leu com atenção e arqueou a sobrancelha com leveza e um ar de curiosidade sobre o conteúdo.
Então, pegou suas coisas e dirigiu-se até a porta. Fechou-a e saiu andando pelos corredores, até deparar-se com um longo quadro feito de vidro que em suas bordas era feito de espelho. Asseou bem os cabelos longos avermelhados e ajeitou seu batom. Arrumou bem seu vestido curto e voltou a descer as escadas com muita tranquilidade.
Alyha era extremamente hábil em manipulação mental.
Uma figura masculina estava escrevendo ao quadro enquanto os discentes anotavam tudo em seus cadernos. Ele era alto, tinha cabelos que iam até o pescoço e um olhar muito concentrado. Era jovem e belo. Houve um rápido burburinho aos fundos da sala de aula, seguidos pelo questionamento de uma de suas alunas favoritas:
– Então, a proposta de Parmênides, diferente da de Heráclito, é que o tempo não muda? - ela era baixinha e de cabelos encaracolados. Suas feições eram bem leves e seus olhos muito viajados.
– Parmênides, na verdade, questiona a própria noção de tempo e o nega. Para ele, o ser não muda, não passa por transformações. O ser não pode ser e não ser. O ser é. E nunca deixará de ser. Logo, é do princípio das coisas ser diversas coisas. Por exemplo, perceba um bebê. Ele nasce, crescerá, se tonará uma criança, um adolescente, um adulto e um idoso, certo?
Os discentes acompanharam com muita atenção. Aquela era a terceira vez que o professor explicava e isso estava se tornando incômodo por não entenderem.
– Certo. - disseram muitos dos anos.
– Para Parmênides, não é o bebê quem cresceu ou mudou. A mudança não existe. O “ser” conhecimento como “humano” tem em sua própria essência essas configurações. Logo, ser criança, ser adolescente, ser adulto, idoso, não impedem o ser que é o humano, ou seja, são características do ser e não ele próprio. Assim, não é o tempo que modifica o ser. O ser se mostra, quando for necessário, suas características.
Todos entreabriram a boca e ficaram em assombro. O sinal tocou e todos saíram muito rapidamente daquela aula de filosofia.
A faculdade de Ciências Olavo Bilac tinha outros cursos de humanas, além de filosofia. E alunos de diversos cursos pegavam disciplinas envolvendo a filosofia, por isso tinham alguma dificuldade em compreender as teorias. Isso não incomodava o professor.
Ao que todos saíram da sala de aula, antes de apagar as luzes e fechar a porta, ele puxou um grosso livro que abordava o nascimento da filosofia, o sofismo e os pré-socráticos e encontrou um bilhete. Um curioso bilhete endereçado a ele. Leu com atenção e arqueou a sobrancelha com leveza e um ar de curiosidade sobre o conteúdo.
Então, pegou suas coisas e dirigiu-se até a porta. Fechou-a e saiu andando pelos corredores, até deparar-se com um longo quadro feito de vidro que em suas bordas era feito de espelho. Asseou bem os cabelos longos avermelhados e ajeitou seu batom. Arrumou bem seu vestido curto e voltou a descer as escadas com muita tranquilidade.
Alyha era extremamente hábil em manipulação mental.